segunda-feira, março 29, 2010

Jim Carrey me entende

Não... independente do teor de drama e tragédia contida aqui, que fique bem claro que não se trata de trama de novela e tampouco das que são exibidas em horário nobre.
Simplesmente são alguns relatos baseados em fatos reais e que talvez eu prefira registrar aqui em forma de desabafo, comigo mesmo ou com quem quiser ler.
As datas alternadas são justamente porque prefiro fazer com espontaneidade e escrever quando as palavras são generosas comigo, a critividade não é das piores e/ou porque a preguiça deixou.
Então tipassim, Manoel Carlos que durma tranquilo, porque escrever novela não é comigo.

Agora voltando ao foco principal, sabe quando sua vida se assemelha com a do personagem do "O Show de Truman", interpretado por Jim Carrey?
Sim, aquele filme em que Truman Burbank (Jim Carrey) vive em um reality show e aos poucos descobre que grande parte do que acreditava ser real, não passa de mentiras.
Assistindo o filme com atenção e parando pra pensar, até que isso não é tão estranho quanto possa parecer...
O filme instiga a refletir no quanto ainda possa existir além dos limites que determinamos em nossas vidas e que muitas vezes são sustentados por nossa própria falta de percepção. O tal limite começa a ser quebrado quando buscamos ir além do proposto, quando nos desenvolvemos o suficiente para querer mais, exigir mais e não mais nos contentamos com o "pouco" que nos era ofertado.
O resultado é que continuaremos a ser assistidos, muitos irão rir à nossas custas e provavelmente nunca sairemos do lugar, enquanto estivermos contentes com o que nos rodeia.

Por gênio talvez, nunca fui adepto a mudanças, sempre fui apegado às coisas materiais e incansavelmente ligado às pessoas, mesmo que essas não dessem a mínima pra mim (sim, o trouxa)
Quando acontecia de sofrer mudanças, em qualquer campo que fosse da minha vida, eu me perguntava: "De novo?" / "Pra quê?" / "Por quê?" e afirmava: "Não precisava mudar nada".

Preferi escrever o trecho acima (em laranja) conjugado no passado, pois desejo deixar todo esse apego para trás, principalmente porque isso nunca me trouxe benefícios, ou até trouxesse, mas não para mim.
Cansei de ser o degrau de gente ávida por conquistas, o apoio dos cansados, o remédio dos depressivos, cansei...

Hoje, passei a compreender que tudo muda e se não mudou, com certeza vai mudar - pra melhor ou pra pior, as características pouco importam, porquanto dependerá da minha ação tornar as mudanças benéficas e produtivas. Ou seja, não existe o "ruim", depende do ponto de vista e tudo serve de aprendizado.
Passo a entender desde já, que os amigos dos quais eu me distanciar não serão amigos perdidos, e que esse distanciamento não deva estar associado à brigas, etc... mas porque um ou outro (ou ambos) cresceram e não mais se completam - levarão as lições que trocaram mutuamente, as lembranças boas e ruins e a cumplicidade não será quebrada, porque amizade que é amizade, não acaba, não se perde.
Aplicarei essa regra à todos os outros eventos que venham a ocorrer, seja no campo profissional, afetivo, familiar, enfim...

Por mais frustrantes que sejam essas experiências, por outro lado, fazem bem...
Você aos poucos deixa de investir em uma coisa que não lhe traz mais bons resultados e aplica suas capacidades em algo novo, recíproco e que lhe faça bem.
O final vai ser um só: a mudança - gradativa.

Daí quando digo que cansei, cansei mesmo e as mudanças que antes eram medo, hoje passam a ser a minha melhor saída.

"O rio atinge os seus objetivos, porque aprendeu a contornar obstáculos."



Abaixo, um ótimo e sugestivo vídeo...




beijo.outro.tchau

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