terça-feira, janeiro 25, 2011

Nova geração

Daí que a minha sobrinha mais nova resolveu ter um Orkut...
Claro que deve ter contado com a ajuda da irmã mais velha, mas enfim...
E então aos sete anos, monta o álbum, responde recados e mantém em ordem a sua colheita feliz.

Um cisco de gente, toda trabalhada na concentração, frente ao computador...
E em pensar que há uns meses, ela pedia pra usar o computador e o máximo que fazia, era rabiscar alguma coisa no Paint até enjoar, é um avanço e tanto.

Como eu estava usando o pc aqui, emprestei o notebook... então, com ela na mesa da cozinha e a minha mãe bebendo água, presenciei o duelo entre gerações, uma coisa mais ou menos assim:

EU:  - De quem é esse perfil?
SOBRINHA:  - De "fulana de tal" (uma prima)
EU:  - E você está fuçando o Orkut dos outros?
SOBRINHA:  Concentrada, ela só acenou positivamente com a cabeça
MÃE:  - O que é isso, uma menina nessa idade, mexendo no Orkut?! Aonde já se viu?!
EU (surpreso):  - Mãe você sabe o que é Orkut?
MÃE:  - Eu não, menino!

... silêncio



beijo.outro.tchau

Não!

A história é longa, velha... meio que muda de personagens ao longo do tempo, mas eu, o protagonista idiota e o desfecho somos os mesmos.
Primeiro essa mania besta que eu tenho de economizar os "nãos" com as pessoas... olha, certeza que se eu dissesse metade dos "nãos" que me vêm à cabeça no decorrer das situações, Brasil teria um cidadão mais feliz...
Mas não... a gente se acanha, a gente se anula, a gente simplemente se ferra... Nego sai feliz e você fudido, olha que legal! Mas beleza, rancor pra quê?! Esquece isso...

Daí, depois que a merda ja ta feita eu prometo a mim mesmo, não cair mais em ciladas...
Mentira! Se marcar hora e data, é bem capaz de eu comparecer... é incrível o talento que eu tenho pra me auto prejudicar.
Fuckin' boring!


beijo.outro.tchau

quinta-feira, janeiro 20, 2011

GTA São Paulo

Que as crianças estão malcriadas, que os políticos roubam e que a cidade esta cada vez mais perigosa, disso todo mundo sabe...
Não cabe agora discutir os problemas sociais, porque né, todo um assunto complexo, com diversos pontos de vista, ideais particulares, opiniões divergentes e unas cositas más...
Mais difícil ainda é quando se é vítma de um (ou dependendo do caso, vários) desses problemas sociais.

Também não interessa agora, aquele papo de que a gente finge que não vê, adia tomada de decisões e deixa a situação a volonté até que isso se torne um caso crítico e que mesmo assim, não venhamos a fazer nada, além de tentarmos encontrar alguém pra culpar...
Acontece que a culpa é meio - leia-se aqui: totalmente - compartilhada.
Se isso fosse lucrativo, tenha a certeza de que a divisão dos "royalties" seria a maior diversão, então porque não aplicar essa regra ao prejuízo?!

Precisei ir atrás de alguns documentos e a cena de hoje foi mais ou menos assim:
Na região da Sé, no centro, a rotina de sempre... Uns apressados, outros nem tanto. Uns bem vestidos, outros sem discernimento algum no quesito vestimenta. Uns educados, outros sem um pingo de consideração pelo próximo e tudo mais que se possa imaginar... Aquela velha e conhecida mistura de valores, crenças, status, aparência, atitudes e percepções.
Cada um necessitando do outro (ainda que esse fato passe despercebido), mas com a discutível convicção de ser autossuficiente.
E no meio disso tudo um daqueles famosos problemas sociais - no caso, a violência...
Seria bastante cômico, senão fosse trágico.
Na multidão, um cidadão aos brados: "PEGA!"
E como se isso fosse um grito de guerra, um flashmob, todos instantâneamente repetem: "PEGA!"
A gritaria se espalha... acompanhada de correria e tentativas de se conter aquele tão frustrante acontecimento... tratava-se de um assalto, à mão armada.
Os demais param... talvez para matar a curiosidade, talvez para se solidarizar ou talvez para reconhecer: aconteceu - outra vez.
Como no game GTA, um elemento correndo pela cidade com uma arma na mão, causando alvoroço por onde passa... daí, a partir do ato de agir sem esperar ajuda e nem recursos competentes para tal, percebe-se o nível de stress de uma população que precisa se defender, mas não sabe como, quando e nem porquê...

Mas longe de querer ser moralista e muito menos ingênuo, esse não foi primeiro assalto e nem será o último...
Porém, em pensar que tanto transtorno é vindo apenas de um problema em mais uma de suas ocorrências e o quanto transtornos como esse são cada vez mais 'considerados' comuns... há muito o que se discutir e rever.




beijo.outro.tchau

terça-feira, janeiro 18, 2011

Amenidades

O dia foi tranquilo.
Não desejei mal a ninguém, não joguei papel de bala na rua e nem tomei soda cáustica...
No serviço dei boas risadas, adiantei parte do que tinha pra fazer e quase amputei os dedos com uma folha de sulfite... alguém me explica como isso acontece? HAHA

Enfim, tava tudo bom demais pra ser verdade...
Eu disse tava - do verbo: não tá mais

Primeiro que eu fui obrigado a voltar no curso, pra pegar o tal do certificado, declaração ou qualquer que seja a porra do nome que os funcionários de lá prefiram dar pra esse bendito documento... E nem foi tão grande a surpresa de saber que ainda não está pronto, uma coisa que me prometeram pra semana passada - incompetência, a gente vê por aqui.
Segundo que a mulher que me atende é sempre a mesma, da qual nem quis decorar o nome... sempre que eu chego lá, pergunto sobre a mocinha do cabelinho cacheado (e em pensamento completo: a que tem cara de boazinha, uma voz de medrosa e é burra pra caralho!) Mas no fim, acabo ficando com dó... fazer o que, bater nela não pode e nem daria certo... se 'inteira' ela já não faz nada, imagine toda enfaixada?

E terceiro (e não menos importante), de novo ela... a chuva!
É... porque terminar um dia tão lecal como esse, sem aquela "lavada" na alma, não poode, né minha gente?!
O guarda chuva, todo retorcido com a ventania, mais parecia escultura do MAM...
A conclusão do dia foi: trocar da mochila o squeeze com água por um Ariel líquido... se é pra lavar a alma, que seja por completo.

HAHAHAHA



beijo.outro.tchau

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Enquanto isso...

Apesar da semana estar sendo tranquila, eu já acho tudo muito cansativo... a rotina, as pessoas, os lugares, etc e tal...
Falando em tranquilidade, a vontade que eu estava de esfaquear alguém na semana passada está perdendo força... andei pensando melhor e não tô afim de ficar em cela comum, então talvez compense terminar o curso superior e só então cometer uma chacina, hahahahaha!

Brincadeira... é que depois da tempestade, sempre vem a calmaria e como não poderia ser diferente comigo, cá estou, calminho, calminho, haha...
Bom, calminho em partes, porque no decorrer do dia, SEMPRE tem um féla da poota pra me tirar do sério... mas vou relevando como posso... contando até dez, xingando a pessoa em pensamento ou telefonando pra algum SAC e xingando a primeira pessoa que atender - vale xingar mocinha da gravação também... uma terapia alternativa pra desestressar, é você ligar pra algum lugar onde jamais tenha tido algum tipo de contato e quando o atendente disser que não localizou nenhum cadastro seu, você xingá-lo de incompetente ou qualquer adjetivo que lhe venha à cabeça.

HAHAHAHAHA
Soy loco?

Então, só pra constar... eu tô vivo, não tô sob efeito de medicamentos, por enquanto não tive convulsões e nem briguei com o vizinho.
A falta de postagens se deve exclusivamente à preguiça, hahahaha!





beijo.outro.tchau

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Divã

Encontrei na pausa da fala, da escrita e do pensamento um descanso em causa própria.
Não que não quisesse falar, escrever, pensar, agir, enfim... mas principalmente, porque não sabia por onde começar.
A verdade é que ainda não sei... Se me expresso, exagero, transbordo e se calo, envelheço.

Um tanto estranho essa coisa de não se reconhecer, não se encaixar em lugar algum...
Comecei o ano sem grandes planos, sem muita trajetória... seria gastar energia traçando rotas e posteriormente realizando emendas, arranjando justificativas e toda aquela chatice de lidar com expectativas.

Tenho considerado esse mês de Janeiro como as Segundas-Feiras as quais já sobrevivi e que imagino que terei de enfrentar... Aquele período em que após tanto festejo, é hora de cair na real, enfrentar a rotina e tudo o que ela traz consigo - de novo.

Pensei, inclusive, em trocar sonhos por "vontades" talvez fluísse mais natural, menos traumático... Sonho a gente alimenta e vontade... passa.
Mas em seguida desisti... sonhar ainda é bom... um escape, e não custa mais do que fechar os olhos.

Uma constante inconstância.


Adriana Calcanhotto - Traduzir-se
(Público)



beijo.outro.tchau