quinta-feira, julho 17, 2014

Casos e coisas

Então a vida é mais ou menos isso: Você se apaixona. Não dá certo. O mundo e as pessoas vão contra. Pelo estilo de vida, as diferenças de idade e o fato de você simplesmente não ser para o outro, o que ele é para você. E você é obrigado a ficar na espera daquele desencanto. Esperando seu coração ser preenchido por outro alguém. Seus amigos e amigas mandam você sair e conhecer gente nova. E é tanta gente dizendo essa mesma coisa que parece ser uma obrigação. O tempo passa. Você vai acumulando fracassos amorosos. Tudo parece estar bem, até que você começa a relembrar tudo e bate aquela tristeza. A vida passa, o sentimento às vezes não e tudo segue naquele ritmo. Você conhece qualquer pessoa, se envolve com ela por pura conveniência. Ou por ela passar à você segurança, ou fazer você se sentir superficialmente amado. Acaba selando um relacionamento... quando vai ver está se casando do jeito que sua mãe sonhou te ver casando, mas não com a pessoa que você ama. Quando menos espera gera um fruto deste relacionamento vazio, este fruto te vincula ainda mais à alguém que só te faz bem, mas não faz você se sentir do jeito que a outra pessoa fazia. Você envelhece, infeliz, ao lado de alguém que não ama... mas não importa, você está seguindo a vida como ela deve ser seguida... Você está dando andamento nela. Você envelheceu... talvez com netos, uma grande e linda família. Uma família que você decidiu construir com alguém que talvez tenha te trazido paz, dado carinho, amor, uma família. Você racionalmente reconhece isso, mas seu coração continua vazio... você construiu uma linda família, mas não com quem você amava. Não com a pessoa que te trazia paz, mas que trazia aquela perturbação deliciosa que ninguém jamais traria. Não com a pessoa que te dava prazer, que te fazia feliz ao mesmo tempo que te enviava ao inferno. Você morre, mas deixa para próxima geração uma linda família... talvez de homens e mulheres que irão se entregar à alguém, alguém que não ame... mas que darão continuidade à sua família linda, de laços mal feitos e relacionamentos vazios.



(Dei o título para essa postagem, mas desconheço a autoria do texto)


beijo.outro.tchau

terça-feira, julho 15, 2014

Toalha

Eu muito reluto em escrever aqui coisa aprofundadas sobre o que penso, sinto, vejo e a forma como reajo a certas coisas pelas quais passo.
Sei lá, é como se de alguma forma eu poupasse alguém que se dispõe a ler esse emaranhado de palavras de qualquer muro de lamentação.

Não que eu queira ou tenha intenção de fazer da minha vida, um muro de lamentações.
Eu inclusive tenho muito a agradecer...
Mas sabe quando naquele insight você desperta e percebe o quanto de sapo já engoliu, o quanto de abobrinha já ouviu, o quanto de sacanagem já aguentou, o quanto de favores e sacrifícios já fez e quanto sempre esperou que as coisas de alguma maneira acontecessem ou que alguém as fizesse por você?

E quando falo "esperou que as coisas de alguma maneira acontecessem", não é esperando que as coisas caiam do céu. Não.
Eu falo do sentido de consideração, gratidão, um afeto de qualquer espécie, e por que não, respeito?!

Dois mil e quatorze tem sido pra mim, como a toalha da mesa de café da manhã, que com seus farelos de pão, foi pega e chacoalhada ao vento.
Tudo bem, eram farelos... Mas farelos ou não, era o que eu tinha.



"Muitas pessoas bordam despedidas na toalha do tempo e mesmo chacoalhando-a de vez em quando, apenas migalhas de momentos rolam entre emoções."
 
 
 
 
 
beijo.outro.tchau

O preço

A vida não é de graça.


Pode parecer mais leve rachar a conta. Mas fato é fato e existem contas a serem pagas. A todo instante e rachando ou não, com a sua parte, você tem que honrar.
O déficit, o saldo, o compromisso, a nota promissória, a palavra... Seja lá qual for o termo que você deseje usar, inevitavelmente você paga.

Paga pelos erros, pelos acertos, pelos acontecimentos, por tudo!
E o pior é que você nunca sabe quando tá realmente endividado...




beijo.outro.tchau


terça-feira, março 18, 2014

De repente, 25!


Hoje eu completo 9.131 dias vividos... São 219.144 horas, ou ainda 13.148.640 minutos.
E a intenção de escrever passa longe da demagogia – isso definitivamente não faz meu tipo.
Quero dizer que mensurar o tempo em termos matemáticos é tão simples, indolor... mas que vivê-lo em sua essência exige coragem.
Incalculável seria se eu, a essa altura do campeonato, quisesse calcular quantas lágrimas derramei ou quantas gargalhadas – de perder o fôlego ou não, eu pude dar até então.

Os números são frios, exatos, minimalistas e em se tratando da vida, temos aí a ciência mais inexata de todos os tempos.

 
Jamais pude prever o resultado de uma escolha, e sejam elas quais foram ou serão, eu nunca poderei esperar um resultado engessado – é a vida.
Cresci com a liberdade de escolha, a liberdade de opinião, a liberdade da fala, do ir e vir, e tenho aprendido ao longo dos anos, que o único que pode tirar a minha liberdade nesse sentido, sou eu mesmo. E que não importa o quão audaciosos sejam os meus planos, o único capaz de bloquear qualquer tentativa ou previsão de sucesso, serei sempre eu.
Não vou dizer que aprendi, que percebi e que já sei tudo – não há nada concluído, senão alguns feitos... frutos do meu esforço.

Me dê licença, que eu prefiro ser gerúndio – estou “tentando”, “vivendo” e “sorrindo”.

Estou tentando a cada dia dar um grande significado para a minha existência e para aqueles que me cercam... Tenho tentado dar o meu melhor nas minhas atitudes, pensamentos e planos.
Estou vivendo por propósitos nos quais eu acredito e aposto, por circunstâncias sabe-se lá quais, mas que até então fizeram meu coração bater mais forte.
E estou sorrindo, sempre que possível – seja pra desfrutar da minha própria capacidade de sorrir enquanto tantas vezes quis chorar, seja para não deixar preocupado alguém que me ama ou seja pra idealizar que um sorriso pode mudar o meu dia e o dia de muita gente.

 
Hoje, por trás de tanta ótica, é preciso se enxergar humano, é preciso reconhecer falhas e é preciso perdoar, tanto aos outros, quanto a si mesmo.Na escola da vida, nem todos serão professores... uma hora você tem que se sentar, se concentrar e fazer a lição de casa... E a vida não costuma ser afável em suas provas e desafios.E o que seria dessas lições, não fossem os amigos sinceros, os familiares presentes e as pessoas de bem com quem tive e tenho o privilégio de conviver?A gratidão é senão um dos sentimentos mais louváveis a que se pode cultivar... Então aproveito essa meia-dúzia-de-quase-mil palavras pra expressar o quanto sou grato aos amigos sinceros, aos familiares presentes e a todos com quem já tive o prazer de cruzar nessa vida.

Com os amores – correspondidos ou não, também se aprende alguma coisa... e a primeira delas é a verdade irrefutável de que você precisa muito estar na companhia de alguém e essa companhia é ninguém menos do que você.

Aos poucos percebe-se que ouvir a própria voz, fazer planos pra si mesmo e valorizar-se acima do restante das coisas, aumenta relativamente a probabilidade de você ser completo. Na verdade, engana-se quem pensa que isso servirá para completar alguém.
Somos seres completos – o que é bem diferente de sermos perfeitos. E eu apenas preciso de alguém que se encaixe na minha imperfeição.

Hoje aproveito para renovar planos, iniciar um novo amadurecimento de ideias e me expor a alguns riscos.Aproveito para olhar para trás, tendo a certeza de que o que me pertence está à frente.Aproveito para agradecer a Deus e à vida por tantos acontecimentos, que sendo bons ou ruins vão sempre contribuir para o meu crescer – entenda eu ou não, num primeiro momento.

Muito tem se falado em autoconhecimento e longe de qualquer modismo, isso é lei!
O primeiro passo para se ter certeza ou noção daquilo que se almeja, é saber em qual trilha você quer seguir.
Hoje não obrigo a comprarem a minha ideia, mas também não engulo meias verdades.
Perdi as contas de quantas vezes, em prol de ser feliz, abri mão da razão e não me arrependo... Eu até faria de novo!

E de forma técnica, poderei continuar contando os dias, os minutos ou as horas... Mas sabendo-se que uma hora, os dígitos não mais caberão no visor da calculadora, é melhor focar naquilo que me faz sentir vivo.


Eu ainda posso somar, dividir e multiplicar.
 
 
happy B-day to me
 
 
beijo.outro.tchau