domingo, julho 10, 2011

Como proceder?

Sou uma figura difícil de se conviver, eu reconheço.
Tenho manias, sistemas, complexos, um humor bipolar, opiniões particulares, conceitos contraditórios e olha... a perfeição é algo meio distante, ainda que eu almeje demais. E quem não almeja?

Modestia a parte, passo grande parte do tempo tentanto acertar (isso quando me sobra alguma faísca de motivação).
Tá certo que o acerto não faz parte de 100% das tentativas, mas eu tento.
Sei também que nem todo mundo enxerga assim, e isso não vem de hoje. Mas se eu bem me recordo, a mania de não me explicar, não me justificar em algumas situações, eu carrego desde sempre... Desde lá atrás - long time ago - quando eu levava alguma bronca por algo que eu não havia feito e simplesmente não rebatia as acusações, simplesmente porque bastava a minha convicção de inocência, ante as "falsas acusações".

Lembro-me também de um longo período, na infância, em que sempre desejei ser protagonista. E assim o fui... por muitas vezes ocupei lugares de destaque em cada fala, gesto e pensamento.
Considerava o reconhecimento, algo natural do meu esforço... Eu fazia por mim, mas quem na verdade usurfruia disso, eram os outros. Era como se eu fizesse pra agradar e não pra me satisfazer.

A real é que o tempo passou e essa de ser protagonista ou não combina mais, ou essa desculpa do "não combina" serve pra maquiar a minha falta de inspiração.
E olha, muita coisa eu aprendi no atrevimento, na curiosidade e na audácia que nem eu sabia que podia ter. Tipo aquela frase onde diz que  "A necessidade ensina a rezar".
Mas eu sei que não basta saber todas as rezas em três idiomas... Vai sempre haver um desnível pra tropeçar.

E são em momentos como esse, depois de tudo e de tanto, que eu me pergunto: o que foi que aconteceu?
O que fazer? Pra onde ir? Onde ficar?



beijo.outro.tchau

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