quinta-feira, março 31, 2011

Água Mineral

A intenção era ter postado algo a respeito ontem mesmo... data do ocorrido. Mas a preguiça era tamanha, que preferi colocar um texto menor, só pra tentar resgatar um ritmo de postagem "satisfatório", hahaha!

Se bem me recordo, ontem teria sido um dia perfeito... Caso eu não tivesse ido trabalhar, não tivesse ido trocar o galão de água da minha sala (lá no serviço) e não tivesse ido pra faculdade...

Em uma escala de prioridades, vamos aos fatos (partindo do menos importante):

3º - Ir trabalhar: Fator relativo, mas como ando meio sem escolha, tive que ir e fui.
2º - Ir pra faculdade: Aleatoriamente relativo. Geralmente não sou obrigado a ir, mas como tinha prova eu fui. E me ferrei.
1º - Trocar o galão de água da minha sala: Já que é quase impossível resumir em um tópico, esse aqui vai virar um texto:


Primeiro que a história é antiga... Nunca fui bom nessa tarefa e se eu não morri eletrocutado até hoje, devo muito à Deus, por ter tido compaixão e me livrado de uma morte tão horrível.
Segundo que na verdade, além de nunca ter sido bom nisso, eu nunca deixei claro que também sempre detestei trocar galões de água, aonde quer que fosse. Mas daí, ninguém sabe (ou sabia, se acabou de ler aqui) e o eleito para essa tarefa dos infernos acabava sendo eu... Vou usar o verbo "acabar" no passado mesmo, porque imagino que depois do que aconteceu, esse tipo de serviço ACABOU pra mim.

Aconteceu que eu acordei, fui escolher uma camisa bacana e ela não tava passada. Passei a desgramada, tomei café, tomei banho, me arrumei, corri atrás do ônibus e fui trabalhar...
Tudo muito corrido, telefone tocando mais que pancadão em baile funk, estagiários novos (que estavam aprendendo o serviço comigo) fazendo perguntas sobre a Terra, a Água, o Ar, sobre o sistema da empresa e tudo mais e eu lá, tentando dar conta de tudo, quando não mais que de repente, minha supervisora me pergunta se eu poderia trocar o galão de água da nossa sala...

... (usem essas reticências para imaginar o que foi que eu imaginei e o que foi que eu pensei pra usar como desculpa e dizer um "não"). Mas foi só em pensamento... porque eu não disse NÃO.

Levantei, retirei o galão vazio, peguei o cheio, limpei, cortei o lacre e o levantei...
Comecei a virá-lo e aquela DROGA escapou da minha mão, bateu no meu braço, ENSOPOU A MINHA ROUPA, caiu no chão, rachou no meio e JORROU água pra todos os lados.

Só sei que tudo o que eu acabei de narrar aconteceu MUITO rápido, então eu sequer me recordo da cara que fiz, ou os palavrões que eu pensei em falar bem alto.

Detalhe que a empresa é toda de carpete, então, todos se levantaram, arrastaram o galão rachado até o Hall dos elevadores, a funcionária do RH trouxe um saco plástico pra tentar conter o vazamento e quando vieram me socorrer, perguntaram se eu havia me machucado, ao que respondi:

- Não me machuquei, só não sei aonde enfiar a cara!

Eu tenho a impressão de que não vou esquecer tão cedo a cena das pessoas andando e o carpete minando água...
Contudo, fui muito bem tratado e ganhei uma camiseta da empresa pra vestir enquanto a minha camisa secava (sim, aquela porra de camisa que eu peguei de manhã, amassada, e que perdi muito tempo pra passar)
No restante do dia perdi a fome, a concentração e principalmente a sede!
Em tempos de maremotos, eu consegui provocar um Tsunami no 12º andar...




"Bebeu água? Tá com sede? Olha, olha, olha, olha a água mineral."




beijo.outro.tchau

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