terça-feira, setembro 18, 2012

Hoje

Acordei em novo horário, planejei novos afazeres e alimentei a esperança do novo... de novo.
Andei por novos caminhos, atravessei ruas diferentes, mudei o lado da calçada.
Cumprimentei novas pessoas, conheci novos vizinhos, vi rostos antes nunca reparados.
Sorri por novos motivos, achei graça de outras coisas, gargalhei sem me importar com o real sentido da graça.
Experimentei novos alimentos, novas sobremesas, um novo sabor de suco... até sentei-me em um novo lugar.
Mudei horários, revi a agenda, remarquei compromissos, adiei reuniões, desfiz roteiros.
Joguei fora documentos velhos, extratos bancários antigos, anotações ultrapassadas e os post-it's desbotados.
Mudei os móveis de lugar, troquei lâmpadas, acendi velas, reguei as plantas, acariciei o cachorro.
Troquei as vestes, o xampú, inovei o penteado, mudei o parfum.

Daria me por satisfeito, se, por um descuido que fosse, eu fosse capaz de mudar o que há de você em mim.
Não consegui jogar as velhas cartas de amor, deletar as mensagens antigas, que preenchem a memória do celular... Eu sequer consegui terminar de rasgar os bilhetes amassados.
Não me contive no envio de um SMS inoportuno, com palavras esguias, quase sem sentido... mas que em uníssono, desejam dizer apenas uma coisa.
Ouvi as mesmas músicas e, no fundo, desejei não mudar isso tudo...
Culpado? Vítma?
Mas que mal maior há em amar? Talvez, apenas o de não ser amado... ou vice-versa.




"Pois vá embora, por favor
Que não demora pra essa dor sangrar..."






beijo.outro.tchau

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